Deveríamos viver
Remexendo seus segredos
E se pergunta porque o mundo o deixou para atrás
Esperando que seu destino fosse mais do que argumentos,
e tentativas fracassadas para voar, voar
Nós deveríamos viver para muito mais
Nós nos perdemos?
Em algum lugar vivemos por dentro
Sonhando sobre providência
e se ratos ou homens tem segundas chances
Talvez estejamos vivendo com nossos olhos entreabertos
Talvez estejamos tortos e quebrados, quebrados
Nós queremos mais do que este mundo tem para nos oferecer
Nós queremos mais do que este mundo tem para nos oferecer
Nós queremos mais do que as guerras de nossos pais
E tudo que está dentro suplica por uma segunda vida
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Vomitado
Às vezes paramos e olhamos em volta e dá uma vontade de ir para bem longe, sabe, onde ninguém perceba que estou sofrendo por uma causa boba. Mesmo sabendo que é boba não consigo parar de sofre, pois é uma dor muito forte que às vezes enfraquece todo o corpo e mente...Às vezes não temos como reagir e a única vontade que dá é de ficar deitado.
"Quero ir para bem longe" às vezes pode ser por causa do medo, de não saber enfrentar uma situação.Mais não podemos ter tudo que queremos nessa vida, se não aprendemos e não damos valor ao sentido da vida. Mais mesmo assim dá vontade de fugi do mundo e ir para onde tudo fosse mais calmo, mais paciente, mais tolerante e confiável.
"Não me olhe assim, não quero te ver já falei. Estou indo e não tenho previssão de volta. Já fiz o que tinha para fazer e não quero te ver”.
Dizem, que se eu virar para algo que esta me fazendo mal e dizer a ele tudo que ele me faz e me deixa mal, talvez eu melhore. Já pensou, virar para um jarro e começar a dizer: "você estava na ponta, por isso caiu, isso é horrível, você era o meu favorito, pois ganhei de alguém especial, e agora...".
Vão pensar que estou doida, só pode.Pensando por outro lado, talvez fosse bom ficar doida de vez em quando, talvez assim a dor de arrependimento poderia ser menor.
Rosiane Carvalho
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Michael Bublé - Home (tradução)
Outro dia de verão
Que vem e vai embora
Em Paris ou em Roma
Mas eu quero ir para casa
Talvez cercado de
um milhão de pessoas, eu
ainda me sinto totalmente sozinho
Eu somente quero ir para casa
Eu sinto sua falta, sabe?
Eu continuo guardando todas as cartas que te escrevi
Em cada uma delas, uma ou duas linhas
"Estou bem baby, como você está?"
Bem, eu as enviaria, mas sei que isto não é o bastante
minhas palavras eram frias e vazias
E você merece mais do que isto
Outro avião
Outro lugar ensolarado
Eu tenho sorte, eu sei
mas eu quero ir para casa
tenho que ir para casa
Deixe-me ir para casa
Estou tão longe
de onde você está
Eu quero ir para casa
Sinto como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa
É como se eu acabasse de sair
Quando estava indo tudo bem
E eu sei exatamente porque você não poderia
vir junto comigo
Isto não era o seu sonho
Mas você sempre acreditou em mim
Outro dia de inverno veio
e já foi embora
E mesmo em Paris ou Roma
E eu quero ir para casa
Deixe-me ir para casa
E estou cercado por um milhão de pessoas
Ainda me sinto sozinho
Deixe-me ir para casa
Sinto sua falta você sabe
Me deixa ir para casa
Eu tive minha chance
Baby, acabei
Estou indo para casa
Me deixa ir para casa
Ficará tudo bem
Estarei em casa hoje a noite
Estou voltando para casa
Maurício Angelo: Sede - Part II
Havia dias em que estava particularmente sensível. Parecia constituído por pequenas ilhotas de sentimentos, prestes a eclodir. Uma passagem, uma lembrança, uma música. Brincava com dados, flores e tecidos. Ornamentava o espaço para ele mesmo atuar. Travava diálogos homéricos, discussões acaloradas sobre um tema qualquer. Não sabia o que se passava lá fora, contudo. “Lá fora”, para ele, não existia. Ao menos era no que preferia acreditar.
Era um pianista magistral. Capaz de executar as mais intrincadas peças de Chopin. Compunha apenas quando sua consciência musical o tomava de assalto. Apenas assim. Gostava de tudo que era fresco. Frutas da estação constavam sempre em sua lista de pedidos. Nêspera, pêssego e uva, os prediletos. Saboreava com adorável ímpeto a polpa carnuda, suculenta. Não deixava escapar uma gota de líquido sequer. Sorvia com gula o que lhe vinha à boca.
Manifesto, em seu ser, a vivacidade juvenil, embora num corpo decrépito de 80 anos. Achou, então, um texto que escrevera nos idos de sua mocidade:
“Pois o mal do século não é senão outra coisa que a covardia. A inércia, a fidelidade canina à estupidez plácida. Não por opção, claro. Mas sempre o dedo pútrido do establishment, com seus infinitos paradoxos e estratagemas que se chocam e geram sempre o nada. A síntese de nosso tempo é a esterilidade. Anuncia-se, como se fosse grande coisa, a morte de Deus, de Marx, da arte, do amor, dos pensamentos políticos de esquerda, de qualquer possibilidade viável. O asco à mudança é tão grande, que optamos por permanecer onde estamos, como estamos, ainda que isso simbolize a desgraça indiscutível. Mesmo que identifiquem a derrocada inevitável de suas corporações, trilham o caminho mais fácil, mais cômodo, esperando extrair o último suspiro da pujança do lucro. Nós, com efeito, na posição de rebanho, repetimos subliminarmente o mantra de que “o mercado é nosso pastor e tudo nos faltará”. Antes fosse possível resumir em observações tão elementares a magnitude da esterilidade vigente. A covardia, o pudor, o medo, a vergonha, o egoísmo, a hipocrisia, o cinismo e o apego ao conforto parecem, eles sim, fundir-se como a quintessência da constituição humana.
A capacidade que desenvolvemos de manter o status quo forte e sadio, mesmo sob as mais duras crises, renovações, desintegrações e incertezas soa além de qualquer justificativa crível. Somos seus soldados. Os estóicos e empedernidos “consumidadãos”. Estupidificados a ponto de sermos incapazes de nos chocar. De sentir. Quando muito, manifestamos pena ou compaixão. Falsas, obviamente. Os parcos momentos de revolta, daqueles que ainda conseguem compartilhar deles, evaporam-se tão logo surja a primeira necessidade. Entregues à própria conta, exalamos uma dependência asquerosa e insuportável de tudo aquilo que julgamos combater. Desprovidos do véu sagrado do capitalismo, deixamos exposto o quanto nos esforçamos para autenticar o contrário do que pretensiosamente proferimos.
Esticados em seus colchões macios, protegidos por seus carros e casas, amparados pela jamais desprezível quantia na conta bancária, os ternos ajustados, vestidos caríssimos, refrigeradores potentes e toda a opulência de seus pequenos caprichos, tornados essenciais, os seres ditos de intelecto “mais avançado”, os pensadores, independentes e livres de nosso tempo tecem as mais elaboradas teses revolucionárias, pregam a quebra das tradições, a vanguarda artística, celebram a vida como elemento uno e potencializador em si mesmo. Para quê, no entanto? Apenas para almejarem a notoriedade em seu círculo reduzido e esquizofrênico. Ou, senão, para conquistar incautos de suas artimanhas.
Viver, viver, viver. Banalizaram o que temos de mais puro e inato. Sê isso, sê aquilo. Acumule. Demonstre. Prove. Com tão pouco sangue se escreve. Com tão pouca paixão se atua. O entusiasmo sucumbe ante a rotina. O espontâneo se enrijece pelas convenções. Resta apenas a entropia. E tudo que recebo é o silêncio.”
Após um pequeno hiato, soltou uma leve risada irônica. Continuou a passar os olhos pela prateleira, e chamou-lhe a atenção um outro envelope, já amarelado e comido pelas traças. Abriu. Era uma das poucas cartas endereçadas a mulheres que havia escrito. Começava assim.
“Doce S.,
Queria poder te pedir que esquecesse de tudo e viesse comigo. Para dormirmos juntos numa noite fria de inverno, ou mesmo no abafado verão. Abrigaria, com meu corpo, as tuas curvas que me tiraram a paz e a saúde. Mas não posso.
Seria demasiado ególatra e arbitrário da minha parte. Não posso oferecer-te mais que a volúpia e a libido. É somente o que restou. O demais foi arrancado. A pequenas punhaladas. Pontuais e cortantes. Ficou só o animal. Qualquer resquício da personalidade sensível e paternal já não existe, ou está coberta por uma espessa e irremovível cortina.
Vês, contudo, que não sou um canalha comum. Os invejo, na verdade. Gostaria de conseguir alcançar a canalhice mais plena e ordinária. Um desejo simples porém distante. Há que se ser sincero mesmo na desgraça. E sabe por que a “verdade” é tão poderosa? Porque não possui adversários. Porque atrai, revela e instiga. E porque não precisamos temê-la. É a melhor escolha dos preguiçosos: não exige nenhum malabarismo mental.
Contarei um segredo e você pode espalhá-lo se quiser. Em essência, o ser humano é ridiculamente previsível. Existem padrões de comportamento facilmente identificáveis que se repetem há milênios, e que dificilmente se alteram. No que se convencionou chamar de “amor”, mais ainda. A obviedade é gritante. Nos torna patéticos a ponto de não admitirmos nem passado nem futuro. De nos vermos sempre nos mesmos ciclos.
Não se trata de tentar evitar a dor, sabe-se bem. Ao contrário: é a doença, ipsis litteris. Ver humanos buscarem e desejarem a patologia é de uma estupidez admirável. Em vez do acúmulo de forças, gera-se o acúmulo de fraquezas e frivolidades. Usamos como espelho de nossas imperfeições, que não temos coragem de admitir. Se sozinhos somos abomináveis, no amor nos tornamos duplamente ridículos.
Não sei como essa equação se resolve, admito. Tornei-me imbecil de mais ao pensar em você. Felizmente esta sensação passou rápido. Saí da utopia asquerosa para voltar a ser um homem digno. É sempre reconfortante. Talvez seja isso: posso ter achado o sentido de tamanha ignorância. Pois a doença não serve para nos certificar do quanto estamos fortes? Não é ela o estado pelo qual temos que passar para expurgar e reconhecer os males, ficando saudáveis novamente? Ela é a nossa mea-culpa. A lama que nos chafurdamos opcionalmente porque, afinal, não somos tão diferentes dos porcos. E como se reviram felizes na lama e na lavagem! Somos nós, no fim, quando destituídos de cérebro.
Talvez o amor seja só uma desculpa para abdicar da razão. E na estupidez, isso não se discute, é tão mais fácil viver. Percebes o tamanho da previsibilidade? É porque somos covardes, em suma. E necessitamos de muletas para respirar: dinheiro, Deus, os outros, família, amigos, o companheiro. Na relação, note bem, é onde nos deixamos mais vulneráveis, patéticos, dependentes, idiotas. E por isto mesmo mais humanos. Quando todas as ilusões de fortitude, independência e liberdade ruem. Conheces algo mais desprezível que o homem apaixonado? Ele é tudo que não devíamos ser, mas buscamos. O que por si só dá um belo retrato de nossa decadência.
E é por isso que reafirmo que não almejo a sua presença. Se tiveres alguma pretensão além da fome e da libido. E sei que, apesar de tudo, vai soltar um sorriso contido de admiração. Nunca terás como saber por que falo, para quem, com que objetivo e sob quais condições. Convenhamos: há algo mais sedutor que o mistério e a inteligência?.”
Após ler, ficou satisfeito. Era ele. Indubitavelmente. E percebeu que pouca coisa havia mudado desde os longínquos anos em que aquilo tinha sido escrito. Nada, aliás. Não importa quanto tempo passe, certas coisas nunca mudam. A convicção e clareza que tinha aos 20 era a mesma que demonstrava aos 80. Aquilo o agradou. Foi dormir. Estava cansado.
Era um pianista magistral. Capaz de executar as mais intrincadas peças de Chopin. Compunha apenas quando sua consciência musical o tomava de assalto. Apenas assim. Gostava de tudo que era fresco. Frutas da estação constavam sempre em sua lista de pedidos. Nêspera, pêssego e uva, os prediletos. Saboreava com adorável ímpeto a polpa carnuda, suculenta. Não deixava escapar uma gota de líquido sequer. Sorvia com gula o que lhe vinha à boca.
Manifesto, em seu ser, a vivacidade juvenil, embora num corpo decrépito de 80 anos. Achou, então, um texto que escrevera nos idos de sua mocidade:
“Pois o mal do século não é senão outra coisa que a covardia. A inércia, a fidelidade canina à estupidez plácida. Não por opção, claro. Mas sempre o dedo pútrido do establishment, com seus infinitos paradoxos e estratagemas que se chocam e geram sempre o nada. A síntese de nosso tempo é a esterilidade. Anuncia-se, como se fosse grande coisa, a morte de Deus, de Marx, da arte, do amor, dos pensamentos políticos de esquerda, de qualquer possibilidade viável. O asco à mudança é tão grande, que optamos por permanecer onde estamos, como estamos, ainda que isso simbolize a desgraça indiscutível. Mesmo que identifiquem a derrocada inevitável de suas corporações, trilham o caminho mais fácil, mais cômodo, esperando extrair o último suspiro da pujança do lucro. Nós, com efeito, na posição de rebanho, repetimos subliminarmente o mantra de que “o mercado é nosso pastor e tudo nos faltará”. Antes fosse possível resumir em observações tão elementares a magnitude da esterilidade vigente. A covardia, o pudor, o medo, a vergonha, o egoísmo, a hipocrisia, o cinismo e o apego ao conforto parecem, eles sim, fundir-se como a quintessência da constituição humana.
A capacidade que desenvolvemos de manter o status quo forte e sadio, mesmo sob as mais duras crises, renovações, desintegrações e incertezas soa além de qualquer justificativa crível. Somos seus soldados. Os estóicos e empedernidos “consumidadãos”. Estupidificados a ponto de sermos incapazes de nos chocar. De sentir. Quando muito, manifestamos pena ou compaixão. Falsas, obviamente. Os parcos momentos de revolta, daqueles que ainda conseguem compartilhar deles, evaporam-se tão logo surja a primeira necessidade. Entregues à própria conta, exalamos uma dependência asquerosa e insuportável de tudo aquilo que julgamos combater. Desprovidos do véu sagrado do capitalismo, deixamos exposto o quanto nos esforçamos para autenticar o contrário do que pretensiosamente proferimos.
Esticados em seus colchões macios, protegidos por seus carros e casas, amparados pela jamais desprezível quantia na conta bancária, os ternos ajustados, vestidos caríssimos, refrigeradores potentes e toda a opulência de seus pequenos caprichos, tornados essenciais, os seres ditos de intelecto “mais avançado”, os pensadores, independentes e livres de nosso tempo tecem as mais elaboradas teses revolucionárias, pregam a quebra das tradições, a vanguarda artística, celebram a vida como elemento uno e potencializador em si mesmo. Para quê, no entanto? Apenas para almejarem a notoriedade em seu círculo reduzido e esquizofrênico. Ou, senão, para conquistar incautos de suas artimanhas.
Viver, viver, viver. Banalizaram o que temos de mais puro e inato. Sê isso, sê aquilo. Acumule. Demonstre. Prove. Com tão pouco sangue se escreve. Com tão pouca paixão se atua. O entusiasmo sucumbe ante a rotina. O espontâneo se enrijece pelas convenções. Resta apenas a entropia. E tudo que recebo é o silêncio.”
Após um pequeno hiato, soltou uma leve risada irônica. Continuou a passar os olhos pela prateleira, e chamou-lhe a atenção um outro envelope, já amarelado e comido pelas traças. Abriu. Era uma das poucas cartas endereçadas a mulheres que havia escrito. Começava assim.
“Doce S.,
Queria poder te pedir que esquecesse de tudo e viesse comigo. Para dormirmos juntos numa noite fria de inverno, ou mesmo no abafado verão. Abrigaria, com meu corpo, as tuas curvas que me tiraram a paz e a saúde. Mas não posso.
Seria demasiado ególatra e arbitrário da minha parte. Não posso oferecer-te mais que a volúpia e a libido. É somente o que restou. O demais foi arrancado. A pequenas punhaladas. Pontuais e cortantes. Ficou só o animal. Qualquer resquício da personalidade sensível e paternal já não existe, ou está coberta por uma espessa e irremovível cortina.
Vês, contudo, que não sou um canalha comum. Os invejo, na verdade. Gostaria de conseguir alcançar a canalhice mais plena e ordinária. Um desejo simples porém distante. Há que se ser sincero mesmo na desgraça. E sabe por que a “verdade” é tão poderosa? Porque não possui adversários. Porque atrai, revela e instiga. E porque não precisamos temê-la. É a melhor escolha dos preguiçosos: não exige nenhum malabarismo mental.
Contarei um segredo e você pode espalhá-lo se quiser. Em essência, o ser humano é ridiculamente previsível. Existem padrões de comportamento facilmente identificáveis que se repetem há milênios, e que dificilmente se alteram. No que se convencionou chamar de “amor”, mais ainda. A obviedade é gritante. Nos torna patéticos a ponto de não admitirmos nem passado nem futuro. De nos vermos sempre nos mesmos ciclos.
Não se trata de tentar evitar a dor, sabe-se bem. Ao contrário: é a doença, ipsis litteris. Ver humanos buscarem e desejarem a patologia é de uma estupidez admirável. Em vez do acúmulo de forças, gera-se o acúmulo de fraquezas e frivolidades. Usamos como espelho de nossas imperfeições, que não temos coragem de admitir. Se sozinhos somos abomináveis, no amor nos tornamos duplamente ridículos.
Não sei como essa equação se resolve, admito. Tornei-me imbecil de mais ao pensar em você. Felizmente esta sensação passou rápido. Saí da utopia asquerosa para voltar a ser um homem digno. É sempre reconfortante. Talvez seja isso: posso ter achado o sentido de tamanha ignorância. Pois a doença não serve para nos certificar do quanto estamos fortes? Não é ela o estado pelo qual temos que passar para expurgar e reconhecer os males, ficando saudáveis novamente? Ela é a nossa mea-culpa. A lama que nos chafurdamos opcionalmente porque, afinal, não somos tão diferentes dos porcos. E como se reviram felizes na lama e na lavagem! Somos nós, no fim, quando destituídos de cérebro.
Talvez o amor seja só uma desculpa para abdicar da razão. E na estupidez, isso não se discute, é tão mais fácil viver. Percebes o tamanho da previsibilidade? É porque somos covardes, em suma. E necessitamos de muletas para respirar: dinheiro, Deus, os outros, família, amigos, o companheiro. Na relação, note bem, é onde nos deixamos mais vulneráveis, patéticos, dependentes, idiotas. E por isto mesmo mais humanos. Quando todas as ilusões de fortitude, independência e liberdade ruem. Conheces algo mais desprezível que o homem apaixonado? Ele é tudo que não devíamos ser, mas buscamos. O que por si só dá um belo retrato de nossa decadência.
E é por isso que reafirmo que não almejo a sua presença. Se tiveres alguma pretensão além da fome e da libido. E sei que, apesar de tudo, vai soltar um sorriso contido de admiração. Nunca terás como saber por que falo, para quem, com que objetivo e sob quais condições. Convenhamos: há algo mais sedutor que o mistério e a inteligência?.”
Após ler, ficou satisfeito. Era ele. Indubitavelmente. E percebeu que pouca coisa havia mudado desde os longínquos anos em que aquilo tinha sido escrito. Nada, aliás. Não importa quanto tempo passe, certas coisas nunca mudam. A convicção e clareza que tinha aos 20 era a mesma que demonstrava aos 80. Aquilo o agradou. Foi dormir. Estava cansado.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
explicando um pouquinho do meu 2008
bom, durante tempos estou devendo algumas explicações por aq...vamos láEsse foi um ano mapertado para mim por causa dos estudos...ano de vest, ano de decisão...Graças a DEUS tudo deu certodesde o começo do ano queria o curso de fonoaudiologia e consequi...Infelizmente ela só se tem em faculdade particular. o bom é saber que no ES existe umas das melhores faculdades de fonoaudiologia (reconhecida perante todo o Brasil)...Passei em 12° na Faesa e em 20° na UVV ( uma das melhores do pais, e fiquei com ela é claro).Esse tb foi ano de decisão emocional, pois conheci alguem muito especial(na verdade ele sempre esteve perto de mim mais nunca o tinha percebido) mais infelizmente estarei mudando de cidade e para evitar sofrimentos maiores resolvemos abrir mão disso.Mais conclusão: estou muito feliz pois meu DEUS é fiel!esteve sempre perto de mim, nunca falhou!Amo servi a ELE, e deixo tudo nas suas mãos pois sei que ele saberá como tudo ficará melhor para mim!boa semana para todos,durate todo esse tempo senti muitas saudades de escrever aq...mais o tempo não ajudava e o fotolog tb não!mais agora vc's me aguardem: estou de feriasss rsrrsrs...bjs até mais!!!!
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
"SE TUDO FOSSE PERFEITO"
Se as coisas fossem perfeitas
"Não existiriam lições de vida
Não haveriam arrependimentos
E nem descobertas…
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passavam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas…
Se tudo fosse perfeito
Eu pularia no abismo
Sem medo da morte
Pois asas eu ganharia…
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada…
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição…
Nada é por acaso
Pois nem o destino
É Perfeito."
"Gostaria que você que esta lendo parasse um pouco e ouvisse o que eu QUERIA TE DIZER: " ...Que você ficasse DE OLHOS FECHADOS por um momento e imaginasse um LUGAR MELHOR, algo ALÉM DO QUE OS OLHOS PODEM VER, onde podemos VER ACONTECER nosso tão sonhado AMANHÃ. ATRAVÉS DA PORTA desse lugar, e SEM TRÉGUA, vemos o bem agir em nossas vidas através do amor, da paz, onde não seremos mais distinguidos como RÉU OU JUIZ e sim, filhos(nós) e pai(Deus). Bom, eu não sei qual A LIÇÃO que ficou pra você mas pra mim é a seguinte: MEU LEGADO é voar cada vez MAIS ALTO na direção dos braços do pai, pois sei que definitivamente, apesar de muitos ainda duvidarem, O FIM É SÓ O COMEÇO."
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Soube Que Me Amava
Desde o princípio quando com você sonhei
Desde o momento em que os meus olhos levantei
Desde esse dia em que sozinha eu estava
Foi quando o seu olhar com o meu se encontrou
Soube que me amava, entendi
Soube que buscava mais de mim
Que muito tempo me esperou, então cheguei
Soube que me amava, entendi
Eu já não podia resistir, e com um beijo e com amor
Te entreguei meu coração, me apaixonei
Estou aqui (segunda vez)
E quando longe eu estava
Percebi que o teu carinho e o teu amor
Eram pra mim como um sussurro
Ouvi tua voz no meu silêncio
Me chamando cada dia mais pra ti
Aline Barros
Desde o momento em que os meus olhos levantei
Desde esse dia em que sozinha eu estava
Foi quando o seu olhar com o meu se encontrou
Soube que me amava, entendi
Soube que buscava mais de mim
Que muito tempo me esperou, então cheguei
Soube que me amava, entendi
Eu já não podia resistir, e com um beijo e com amor
Te entreguei meu coração, me apaixonei
Estou aqui (segunda vez)
E quando longe eu estava
Percebi que o teu carinho e o teu amor
Eram pra mim como um sussurro
Ouvi tua voz no meu silêncio
Me chamando cada dia mais pra ti
Aline Barros
Amigaa...
Cheiro da Sorte
"Não sei de onde veio esse cheiro de coentro na tua mão esquerda. Nem você sabe. Tua mulher não gosta de coentro, nem você. E ela não cozinhou esta noite. Acabou o gás. E ela fez as mamadeiras dos bebês - gêmeos – no chuveiro quente. A luz, ainda não cortaram. Só na semana que vem. E ainda que andando sob um sol amarelo-pálido, você está todo suado, com esta camisa flanelada, cheirando a mão esquerda, sem entender nada. Parece um cheiro errado. Já faz tempo que você não come na casa de outra mulher, nem em nenhum boteco. Você tomou jeito. E não tem dinheiro. Há sempre o dia do acerto. Não foi boa coisa sair com essa camisa flanelada, sem nada por baixo, porque o suor te encharca o corpo. E você não fica sem camisa fora de casa. Há contravenções às quais você não se permite, ainda que tenha andado de skate, cinco anos atrás, na contramão das avenidas principais. Uma vez, no camburão. Mas agora é outra hora. Hora da responsabilidade. Da responsa. De levar pra casa leite e pão. De uma forma ou de outra. Pedindo ou tomando emprestado. Se existe ainda alguma sorte neste seu caminho - sem sul e sem norte -, é tua mulher já ter parado de chorar. E estar dormindo, abraçada aos dois bebês. Não mais famintos. E sair esse cheiro que não se desprega de você."
Marcelo Novaes
Marcelo Novaes
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Cansadaaaaa
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
FONOAUDIOLOGIA - UVV
olá pessoal, como vai?
tem um pouco de tempo que não apareço por aqui por uma serie de motivos....
mais ando muito bem, melhor aqora pois até já fiz minha matricula na faculdade..
Tenho muitas novidades para contar, com o tempo irei postar aqui para vc's.
Estou muito, muito, muito feliz...
DEUS tem se mostrado fiel em minha vida através de cada detalhe que ELE tem cuidado.
boa semana para todos!
bjs!
sábado, 18 de outubro de 2008
SAPATOS VERMELHOS
Eu não estive aqui antes, porque eu estava cantando em cima do telhado. E não se trata de cantar para um céu como alvo imediato. Não. Trata-se de um céu que se me impôs por sua enormidade, e eu cantei. Só isso. O céu como elemento primal do meu grito primal. Por isso eu faltei ao nosso compromisso. E vi pardais cantarem melhor do que eu, por suportarem melhor a enormidade do céu. Eu usava uns sapatos vermelhos de salto alto, e eu quase quebrei algumas telhas vermelhas. Eu ouvi a pulsação de minha aorta, cantando vermelho. Eu olhei pros canteiros e não imaginei arquiteto melhor do que o vento espalhando gerânios gêmeos. Gerando vidas novas com seu hálito. Olhei pro céu e não vi melhor teto. Pensei no meu filho servindo o Exército e pensei e cantei assim: “que desperdício”. E vi que aprendera a cantar desde o parto. Por isso meu canto era sagrado. Mas pálido, inofensivo. Não voava nem voa alto. Não passava a torre de comando da aeronáutica. Não ultrapassava os radares que rastreiam bombas. Não voava nem voa longe como voam os pombos levando mensagens. O canto de uma mãe não é como o de um cantor de rock. O canto de uma mãe não levanta ninguém da cova. “Erga-te, Lázaro!”. Não foi uma mãe que cantou assim. “Já basta desse teu sono-de-morte!” Não foi a mãe que deu a este morto o ultimato. Foi alguém que fez a-mando-do-Pai-Amado. Assim pensando, quase entrei em colapso. E resolvi suspirar, por achar um pouco mais fácil. E desci do telhado. E quebrei o salto. E não pude chegar a tempo. Meu filho está morto. Quero te chamar pro enterro. Vem comigo, vem. Espero que não esteja muito ocupado...
Marcelo Novaes
Marcelo Novaes
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
God of This City
Tu és o Deus dessa cidade
Tu és o Deus desse povo
Tu és o Senhor dessa nação
Tu és
Tu és a luz na escuridão
Tu és a esperança para o sem esperança
Tu és a paz para o atribulado
Tu és
Pois não há ninguém como nosso Deus
Não há ninguém como nosso Deus
Grandes coisas estão por vir
Grandes coisas estão para ser feitasnessa cidade
Grandes coisas ainda estão por vir
E grande coisas ainda estão para serem feitas aqui
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
INTIMIDADE - NIVEA SOARES
Jesus, quero ficar contigo, eu quero ser seu amigo... Quero comer no teu prato, Calçar os meus pés nos teus sapatos...
E arrastar... Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá...
Jesus, eu quero muito você... Pegar tuas sandálias e esconder... Esconder pra você não sair, pois quero estar perto de ti...
Te abraçar... Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá...
Eu, quero deitar no teu colo... Te contar tudo, tudo que eu sei... Descansar recostado ao teu peito, ouvindo o teu coração...
E me acalmar... Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá...
Jesus quero vestir sua camisa... Com as mangas maiores que meus braços... Correr pela casa ao teu encontro... Me abandonar no teu abraço...
Te abraçar... Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá...
quinta-feira, 10 de julho de 2008
cada o meu tapeceiro???búaaaaaaa....
Às vezes procuro resposta onde não há...Não sei porque tudo ocorre ao mesmo tempo.
Não sei como as pessoas me vêe, mas às vezes não sinto algo bom...
Tenho a facilidade de me iludir muito fácil com as coisas...Queria ter algo que fosse meu, mas não tudo todo mundo é igual (pensei que uma idéia fosse minha, mas quando fui ver tudo mundo com a mesma).
Às vezes eu faço as coisas virarem ilusão e consigo dar a volta por cima, mas agora está tão difícil não sei como tudo isso pode termina (se isso terminar).
Não consigo expressar meus sentimentos, por isso ninguém nem fica sabendo que estou sofrendo.Iludo-me que estou feliz e todos acham que estou!
Bom restinho de semana para quem pode dizer que teve uma boa semana!
bjs!
Não sei como as pessoas me vêe, mas às vezes não sinto algo bom...
Tenho a facilidade de me iludir muito fácil com as coisas...Queria ter algo que fosse meu, mas não tudo todo mundo é igual (pensei que uma idéia fosse minha, mas quando fui ver tudo mundo com a mesma).
Às vezes eu faço as coisas virarem ilusão e consigo dar a volta por cima, mas agora está tão difícil não sei como tudo isso pode termina (se isso terminar).
Não consigo expressar meus sentimentos, por isso ninguém nem fica sabendo que estou sofrendo.Iludo-me que estou feliz e todos acham que estou!
Bom restinho de semana para quem pode dizer que teve uma boa semana!
bjs!
sexta-feira, 4 de julho de 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
VENCER: EU VOU!
Olá como vai?
Em algumas fotos ai estou fazengdo atividades na Pib em Colatina. É muito bom louvar a DEUS !
Estou esse ano com o tempo meio apertado por causa dos estudos, mas eu tenho estudado muito e minhas notas estão muito em cima da media ainda. A cada dia eu tento fazer o que a Biblia mandar: buscar a DEUS todos os dias.....E meio complicado mais estou tentando!
É incrivél como DEUS é fiel a nós mesmo sem merecermos a sua fidelidade!
Hoje não fui a escola devido a minha cirurgia!
Antes eu achava que as pessoas me conheciam, mais hoje nem eu me conheço direito!
é dificil eu acreditar que sou cápaz de alguma coisa, mais eu sei que tenho um DEUS que é maior que meus problemas e minhas dificuldades, sei que ELE é fiel comigo e não vai me deixar triste!
Irei conseguir vencer mais essa batalha: acrreditar em mim mesmo que tudo esteja dando errado!
Boa semana para todos!
bjs!
domingo, 11 de maio de 2008
Estou de volta
sexta-feira, 21 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
Mateus 20:28
"Como el Hijo del hombre no vino para ser servido, sino para servir, y para dar su vida en rescate por muchos."
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
te amo em silencio...
"so gostaria que soubesse... que nunca fui teu amigo!
que em minhas preces... desejei te ter comigo!
desde a primeira vez... algo estranho senti!
o sonho se desfez... quando te vi partir!
pensei em me declarar... mas seria errado!
achei melhor guardar... pois tinha namorado!
o tempo foi passando... fiquei um tempo sem te ver!
contigo fiquei sonhando... pensei que ia te esquecer!
te esquecer foi impossivel... nem quis mais tentar!
porem sei que nao e possivel... um dia te conquistar!
por isso guardei comigo... te amarei eternamente!
prefiro ser seu amigo... do que perde-lo totalmente!
mas se um dia nessa vida... sentir-se sozinha por um momento!
saiba... meu querido... estaras em meus pensamentos!
meu coracao nao te esquece... seus carinhos desejei!
eu queria que soubesse... em silencio sempre te amei!!! "
que em minhas preces... desejei te ter comigo!
desde a primeira vez... algo estranho senti!
o sonho se desfez... quando te vi partir!
pensei em me declarar... mas seria errado!
achei melhor guardar... pois tinha namorado!
o tempo foi passando... fiquei um tempo sem te ver!
contigo fiquei sonhando... pensei que ia te esquecer!
te esquecer foi impossivel... nem quis mais tentar!
porem sei que nao e possivel... um dia te conquistar!
por isso guardei comigo... te amarei eternamente!
prefiro ser seu amigo... do que perde-lo totalmente!
mas se um dia nessa vida... sentir-se sozinha por um momento!
saiba... meu querido... estaras em meus pensamentos!
meu coracao nao te esquece... seus carinhos desejei!
eu queria que soubesse... em silencio sempre te amei!!! "
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
A custurada....
Assinar:
Postagens (Atom)